segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Desvendando a Disgrafia

Desvendando a Disgrafia

Maria Carolina G. S. Lolli




Você já ouviu falar sobre a disgrafia?
Neste artigo, vamos tentar esclarecer de maneira objetiva as generalidades desse distúrbio da aprendizagem bastante comum entre as crianças em fase escolar. 
A disgrafia é uma alteração da escrita relacionada a problemas 'psicomotores'. Mas afinal do que isso se trata?
Vamos lá... Para escrever, é preciso que a criança desenvolva a habilidade da coordenação visório-motora para que possa realizar os movimentos precisos que exigem o desenho das letras, além disso, é preciso desenvolver noções espaciais para compor as palavras, os espaços entre as palavras. É necessário perceber a delimitação das linhas em uma folha de papel e ainda o sentido direcional de cada letra e da escrita em geral. Ufa... você percebeu que não é fácil escrever, não é? Para isso, a criança precisa coordenar muitas funções motoras e cognitivas. Geralmente crianças disgráficas não têm percepção sobre estas habilidades.
Os sinais indicativos de disgrafia são:
  •         Traços pouco precisos e incontrolados;
  •          Falta de pressão ou traços fracos;
  •         Esquecimento de como é a grafia de determinadas letras;
  •         Misturar letras maiúsculas e minúsculas em uma mesma palavra;     
  •         Traços demasiadamente fortes capazes de vincar o papel;
  •          Escrita desorganizada, apresentando irregularidade entre o tamanho das letras;
  •          Falta de espaço entre as palavras;
  •          Letra ilegível;
  •          Dificuldade em obedecer linhas e margens do papel.

Muitas vezes, crianças que apresentam esse quadro são taxadas como detentores de letra feia, de desorganizadas, etc... Isso dificulta a avaliação do quadro de disgrafia. Então é muito importante que pais e educadores estejam bastante atentos  para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível e a criança ser acompanhada com ferramentas específicas para reverter o quadro.

Para ajudar um aluno com disgrafia é preciso, primeiramente, estabelecer uma boa relação com a criança e fazê-la perceber que precisa de apoio. Elogie pelo seu esforço e pelos avanços obtidos, por mínimos que eles sejam. Outro aspeto bastante importante na intervenção para a disgrafia é o reforço positivo da caligrafia da criança. Lembre-se que o processo de aprendizagem da escrita é lento e bastante complexo. Por esta razão o desenvolvimento da escrita pode ser diferente e  variável de uma criança para outra dependendo dos estímulos recebidos, de outras dificuldades que podem ocorrer, da motivação e do incentivo.

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